Estudo revela que a proteína IL7R defeituosa leva à proliferação descontrolada das células na leucemia linfoide aguda T.
Um
artigo divulgado pela revista Nature Genetics, no início de setembro,
descreve pela primeira vez uma mutação ativadora na proteína IL7R
(Receptor da Interleucina 7) causadora da leucemia. Após cinco anos de
estudo, a pesquisa que envolve autores brasileiros revela que a proteína
IL7R defeituosa leva à proliferação descontrolada das células na
leucemia linfoide aguda T (LLA-T). Foram estudados 201 pacientes com
leucemia linfoide aguda T, sendo 68 provenientes do Centro Infantil
Boldrini, de Campinas.
Os
pesquisadores chegaram a conclusão que 10% dos pacientes com leucemia
linfoide aguda T possuem a mutação IL7R. Esta descoberta é fruto da tese
de doutorado de Priscila Pini Zenatti, pesquisadora do Boldrini e aluna
da Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular do Instituto de
Biologia (IB) da Unicamp. Ela contribui para a identificação e a
compreensão de um novo mecanismo, responsável pelo surgimento da
leucemia infantil; em curto prazo, essa mutação poderá ser usada como um
novo alvo para o desenvolvimento de drogas específicas para o
tratamento da leucemia infantil.